Hibridação

Sob o ponto de vista evolutivo, a hibridação consiste no cruzamento entre indivíduos de populações que possuem patrimônios genéticos diferentes. Podendo ocorrer a hibridação devido a migração ou pelo fato das populações envolvidas serem vizinhas.

A ocorrência de hibridação implica na quebra do isolamento existente entre as populações envolvidas. A conseqüência da hibridação é a eliminação das diferenças entre as populações e uma variabilidade genética na população resultante.

Os híbridos resultantes do cruzamento de indivíduos da mesma espécie de plantas ou animais podem ser superiores em diversos aspectos aos seus pais, como, por exemplo, ocorre quando se cruza algumas raças de cavalos ou bois, gerando animais de alguma forma melhores, mas, tudo se dá dentro da espécie original e as características adquiridas com o cruzamento não são permanentes.

Quando se cruzam indivíduos com diferenças mais significativas, ou seja, de espécies diferentes, os híbridos tendem à esterilidade. Um exemplo típico é o caso da mula, um cruzamento entre o jumento e a égua. Poucas mulas têm sido férteis, mas, por razões ainda desconhecidas, se comportam geneticamente como se fossem cavalos.

Algumas vezes, na natureza foram produzidos híbridos férteis e, até que a origem de tais animais seja descoberta, são apontados como espécies recentemente descobertas, porém a hibridação é pouco comum na natureza, embora há muitas oportunidades para que ela ocorra. De toda forma, com ou sem esterilidade, a hibridação não leva à evolução, pois apenas produz novas combinações daquilo que já existe e desde que as espécies sejam bem parecidas (ex: leões e tigres), gerando, portanto, apenas alterações pequenas, tais como cor e espessura dos pêlos, ou seja, evolução horizontal, que na verdade não é evolução de qualquer tipo. A hibridação nunca produz algo realmente novo.