O Archaeopteryx

Archaeopteryx Lithographica

Reconstituição artística do Archaeopteryx Lithographica O Archaeopteryx é uma criatura que os evolucionistas afirmam ser uma prova da evolução, sendo um réptil com penas e um elo entre pássaros e répteis, pois possui diversas características tanto de pássaros como de aves.

O Archaeopteryx tinha asas e penas, como os pássaros, mas também tinha garras, dentes e algumas outras características próprias de répteis. O fato desta ave ter garras nas asas não é argumento suficiente para afirmar que ele é uma forma transitória vinculada a répteis. Atualmente existem duas espécies de pássaros que possuem garras, o hoatzin na América do Sul e o touraco na África. A respeito do avestruz de hoje, que também tem três garras em suas asas, foi citado por alguns peritos como tendo mais características de répteis que o Archaeopteryx, mas ninguém, claro, considera que o avestruz é uma forma transitiva. Quanto aos dentes, nenhuma ave atual os possui, porém, no passado, particularmente na era mesozóica, muitos pássaros possuíam, e não há nenhuma sugestão que estes são formas intermediárias entre répteis e pássaros, além disto, afirma-se que o processo de formação do bico do Archaeopterix é diferente do das aves, na verdade, não se pode dizer que  o Archaeopteryx tem bico, o bico das aves conhecidas é oriundo de queratinização do maxilar e pré-maxilar, enquanto exames histológicos no Archaeopteryx revelam que seu maxilar é sustentado por tecido epitelial diferenciado, ou seja, se as aves atuais fossem descendentes do Archaeopteryx seria de se esperar que os bicos das aves fossem do mesmo tipo que o do Archaeopteryx. L.D. Martin e seus colegas de trabalho concluiram que o dente e o tornozelo de Archaeopteryx não podem ter sido derivados de dinossauros terópodes (animais mais aceitos como ancestrais do Archaeopteryx). Os dentes são do tipo encontrados em pássaros dentados, e o osso do tornozelo não mostra nenhuma homologia  com o tornozelo de dinossauros (conf. L.D. Martin, J.D. Stewart, and K.N. Whetstone, The Auk 97:86 - 1980). A presença de penas no Archaeopteryx é uma forte evidência de que o Archaeopterix é uma ave, F. E. Beddard (em "The Structure and Classification of Birds",  Longmans, Green and Co., London, 1898, p. 160) revela que o tipo de penas do Archaeopterix é idêntica aos das aves voadoras modernas, o que também pode ser interpretado como evidência de que aves não evoluíram de répteis, pois penas e escamas surgem de camadas diferentes da pele e, além disso, o desenvolvimento de uma pena é extremamente complexo e fundamentalmente diferente ao de uma escama. Penas e pelos, diferentemente de escamas, desenvolvem-se de folículos.  Porém, um pelo é uma estrutura muito mais simples que uma pena e o desenvolvimento de células para desenvolver uma pena envolve processos complexos onde as células migram e dividem-se separadamente em padrões altamente específicos para formar o complexo arranjo que constitui a pena (conf. A.M. Lucas and P.R. Slettenhein, Avian Anatomy: Integument, J.S. Government Printing Office, Washington, DC, 1972), para se afirmar que as penas evoluíram de pêlos ou escamas é necessário não apenas a simples explicação de que certos animais a desenvolveram para se proteger de fatores climáticos, mas também afirmar, sem nenhum fundamento lógico, que ocorreram fantásticos lapsos genéticos e mutações. Portanto, a presença de penas do Archaeopteryx não apenas sugere a impossibilidade dele ter evoluído de répteis ou dinossauros como também prova que é equivocada a afirmação de muitos evolucionistas de que ele não voava, pois o tipo de pena do Archaeopteryx é idêntica ao dos pássaros voadores modernos, sendo, as penas de aves que não voam, distintamente diferentes. Também, o  Dr. Michael Denton (em "Evolution: A Theory in Crisis", pág 177 e 178) afirma que, com base na morfologia bruta e esboço do cérebro, feito através da cavidade intracranial, o cérebro do Archaeopterix era essencialmente de ave, seus hemisférios cerebrais e cerebelo (a parte do cérebro responsável pelo equilíbrio e a coordenação de atividades motoras) mostram relação de proporção exclusiva de pássaros, sendo considerada uma adaptação necessária para o controle das atividades motoras altamente complexas que envolvem a capacidade de voar, como qualquer pássaro típico já com esta  capacidade já completamente desenvolvida. Também o osso denominado fúrcula, o osso em forma de "Y", uma espécie de "clavícula", no Archaeopteryx é de formato robusto que também deixa evidente que o Archaeopteryx era apto ao vôo (conf. Alan Feduccia and H.B Tordoft, Science 203:1020, em 1979).A provável capacidade de voar é uma forte evidência de que o Archaeeopterix já era um perfeito pássaro já bem desenvolvido ( conf. S.L. Olson and Alan Feduccia, Nature 278:247, em 1979), o que também sugere que ele pode ser apenas uma ave com características distintas e não necessariamente uma forma transicional.

Um outro fator que evidência não haver vínculos evolutivos entre o Archaeopteryx e seus mais prováveis ancestrais (segundo os evolucionistas, répteis e dinossauros) é o fato de J.R. Hinchliffe, utilizando-se de técnicas modernas em que se aplica isotopos em embriões de pintinho para analisá-los, reivindica ter estabelecido que a "mão" de pássaros consiste nos dígitos II, III e IV, enquanto os dígitos da " mão " dos dinossauros terópodes consistem nos dígitos I, II, e III, ou seja, não apontam descendência entre aves (incluindo o Archaeopterix) e dinossauros (conf. "International Archaeopteryx Conference", Journal of Vertebrate Paleontology 5(2):177, Junho de 1985).

fóssil do ArchaeopteryxPara sustentar a afirmação de que o Archaeopteryx era um réptil com penas, normalmente os evolucionistas apresentam as observações feitas por John Ostrom, forte defensor da teoria de que os pássaros são descendentes de dinossauros, que apontam diversas semelhanças entre o Archaeopteryx e os dinossauros, porém, estudos mais recentes, feitos por outros cientistas, concluem que as observações de John Ostrom eram equivocadas. A.D. Walker (conf. Geological Magazine 117:595, 1980), afirma que Ostrom fez uma interpretação errada no que se refere ao púbis do Archaeopterix, sendo este osso igual ao dos pássaros, e não ao dos terópodes. Tarsitano e Hecht (em  Zoological Journal of the Linnaean Society 69:149, 1980) criticam  Ostrom, afirmando que ele interpretou mal as homologias entre o Archaeopteryx e os terópodes. Ostrom disse que o pescoço do Archaeopterix se encaixa no crânio por trás, não por baixo  como em aves modernas, porém, M.J. Benton, em 1983 (conf. Nature 305:99), com a então recém descoberta da tomografia computadorizada  analisou o formato do cérebro do Archaeopterix e a característica do encaixe do pescoso e afirmou que o Archaeopterix não é ancestral das aves, não sendo seu cérebro, portanto, fusão entre cérebro de aves e dinossauros como sugeriu Ostrom.

A maioria dos Paleontólogos reconhece que o Archaeopteryx foi um verdadeiro pássaro, o Professor Heribert-Nilsson comentou vigorosamente que o Archaeopteryx não é mais réptil que os pingüins atuais com as suas asas-barbatanas são formas transitivas de peixes. O Archaeopteryx pode representar um grupo de organismos distintos que mostraram as características de pássaros e répteis, sem necessariamente ser uma forma transitiva entre estes, assim como as baleias têm características de peixes e mamíferos, os pingüins, que têm asas amoldadas como barbatanas, e os morcegos, que são mamíferos singulares por possuírem asas e voarem como os pássaros, no entanto, sem ninguém os chamarem de formas transicionais, isto, sem contar com o ornitorrinco, que por ser tão singular, com características de diversos animais, ninguém se atreve a dizer que ele está evoluindo para uma nova espécie.

Além dos argumentos citados acima, há o principal, que é o ponto em comum em todos os animais que são apresentados como transicionais: O fato de não haver outros fósseis que provem uma seqüência evolutiva, pois, se o Archaeopteryx fosse um elo, deveriam haver muitos outros elos mostrando gerações sucessivas de formas transitórias (pois segundo os evolucionistas, ele estava evoluindo para se tornar pássaro), iniciando, no caso do Archaeopteryx, com algum tipo de réptil com asas semi-desenvolvidas, passando por outras espécies que mostram a evolução gradativa destas asas, e enfim , apresentando fósseis de animais pouco mais evoluídos que o Archaeopteryx, mostrando cada vez menos vestígios de répteis. Mas, o Archaeopteryx é um fóssil isolado, sem formas transitórias anteriores ou posteriores, havendo uma lacuna de 36 milhões de anos no registro fóssil entre o Archaeopteryx e o grupo de animais mais aceito como seus supostos ancentrais, os terópodes, e uma lacuna de 10 milhões de anos entre o Archaeopteryx e os primeiros pássaros. Até agora, apesar de todas as buscas aos fósseis transicionais relacionados a este animal, foram encontrados apenas mais fósseis de Archaeopteryx (totalizando oito esqueletos). Não seria de se esperar que, ao invés de se encontrar apenas Archaeopteryx, se encontrasse muitos outros animais em fases evolutivas diversas? Portanto, mesmo que o Archaeopteryx fosse um verdadeiro réptil com penas, com a falta de outros fósseis de animais transicionais, não há provas de que ele estava evoluindo. A crença evolucionista de que o Archaeopteryx é descendente de répteis ou dinossauros se sustenta apenas em anatomia comparada, ao afirmar que quanto maior a semelhança entre espécies, mais próximo está o ancestral comum entre estas espécies, porém, isto é argumentar em círculos, pois estas afirmações a respeito da anatomia comparada também são conceitos da teoria da evolução, estando também não sustentadas em fatos comprovados.

Reconstituição artística do archaeopteryx, onde se sugere que ele não voava e possuía poucas penas, procurando demonstrar que se tratava de um animal que estava se transformando em ave (concepção evolucionista). A observação dos fósseis (veja imagem acima) mostra que ele possuía mais penas e voava, parecendo-se bem mais com a reconstituição artística apresentada no início deste texto.

Com freqüência surgem manchetes, em jornais e revistas, anunciando que foram localizados fósseis que vão revolucionar a teoria da evolução, e passado mais algum tempo tudo volta à normalidade. Mesmo quando se afirma a descoberta de um elo perdido, estudos mais aprofundados revelam a inconsistência desta afirmação.

Em 1998 foram descobertos, na China, fósseis de duas criaturas supostamente transitórias entre dinossauros e aves, denominadas Caudipteryx zoui e Protoarchaeopteryx robusta, que são bem semelhantes ao Archaeopteryx, portanto é de se esperar o reconhecimento de vários cientistas de que estas criaturas são simplesmente aves. Alguns evolucionistas já sugeriram que deve existir uma linha evolutiva entre o Archaeopteryx, o Caudipteryx zoui e o Protoarchaeopteryx robusta, porém esta afirmação não foi levada a sério nem mesmo pelos cientistas que acreditam na teoria da evolução, pois estas criaturas, apesar de aparentarem serem mais répteis que o Archaeopteryx, estando evidenciado que tinham também a capacidade de voar, são cerca de 30 milhões de anos mais recentes que o Archaeopteryx, portanto, pelo pensamento evolucionista dominante, que afirma que as aves evoluíram dos répteis, estas espécies recém descobertas deveriam ser mais parecidas com aves, por serem mais novas, ou, deveriam ser mais antigos que o Archaeopteryx, por parecerem mais com répteis.

Caudipteryx zoui 
Protoarchaeopteryx robusta

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