Teoria da Evolução - conclusão

É admirável o trabalho de Antropologos, Paleontólogos, Biólogos e de outros Cientistas que têm colaborado com o enriquecimento do conhecimento humano e conseqüentemente do progresso. O que este trabalho sobre evolução procura fazer é colaborar para não permitir que uma teoria não comprovada seja imposta como fato indiscutível, de forma semelhante à imposição da teoria criacionista no final do século XIX, que procurou se manter em sua posição sem debates justos. Para aquela época parecia mais racional crer na evolução, mas o tempo, com o silêncio das novas descobertas arqueológicas no que se refere à evolução e com o desenvolvimento da engenharia genética, esta teoria deve ser reavaliada e estudada com reservas.

Com toda a capacidade humana de se pesquisar, observar, fazer experiências, analisar os resultados e fazer novas descobertas, ainda não foi possível entender e nem mesmo mapear ou decifrar o código genético humano e não se criou nada que possa ser considerado vivo a partir de matéria inorgânica ou morta, nem ao menos se conseguiu, por exemplo, criar um mecanismo com o mesmo tamanho e funcionalidade que uma abelha ou criar um computador realmente inteligente, mesmo tendo o cérebro humano como modelo para ser estudado e copiado, se o homem, com todas suas virtudes racionais para entender e criar ainda não conseguiu estas façanhas, como a natureza conseguiria? Se atribuirmos qualidades especiais de criação para a natureza, simplesmente estaríamos a classificando como Deus, só que com outro nome.

Pode-se encontrar um relógio e concluir que não houve um projetista para este objeto? Quem tem o mínimo conhecimento sobre genética sabe que qualquer célula viva é mais complexa e engenhosa que um relógio, porém a "lavagem cerebral" sobre evolução nos leva a crer que a vida surgiu acidentalmente desafiando a probabilidade e leis da física. Um evolucionista, ciente de tudo isto e que ainda é inflexível em suas "crenças" deve ser admirado por sua "fé" incondicional, como afirma Denton, na obra Evolution:

A evolução exige bastante fé: uma fé nas proteínas-L (levo-moléculas) que desafiam a formação por acaso; fé na formação de códigos de DNA que, se fossem gerados espontaneamente, iriam resultar apenas em pandemônio; fé num ambiente primitivo que na realidade iria devorar ferozmente quaisquer precursores químicos da vida; fé em experiências (sobre a origem da vida) que nada provam senão a necessidade de uma inteligência no princípio; fé num oceano primitivo que não tornasse mais espessos, mas diluísse irremediavelmente os produtos químicos; fé nas leis naturais, inclusive as leis da termodinâmica e biogênese que na verdade negam a possibilidade da geração espontânea da vida; fé em revelações  científicas futuras que, quando compreendidas, sempre parecem apresentar mais dilemas para os evolucionistas; fé nas probabilidades que contam traiçoeiramente duas histórias - uma negando a evolução, a outra confirmando o Criador; fé em transformações que   permanecem fixas; fé nas mutações e na seleção natural que não passam de uma dupla negativa da evolução; fé nos fósseis que embaraçosamente revelam fixação no tempo, e ausência regular de formas de transição; ...fé num tempo que só promove a degradação na ausência de uma mente; e fé no reducionismo que acaba por reduzir os argumentos materialistas a zero e reforçar a necessidade de invocar um Criador sobrenatural.

A religião evolucionista é consistentemente inconsistente. Os cientistas se apóiam sobre a ordem racional do universo para as suas realizações, todavia, os evolucionistas nos dizem que o Universo racional teve um início irracional do nada. Devido à falta de conhecimento sobre os mecanismos e estruturas, a ciência não pode sequer criar um simples graveto. Todavia, a religião evolucionista fala com ousado dogmatismo sobre a origem da vida.

Existem outras teorias que procuram explicar a origem da vida e do homem, uma das mais aceitas atualmente declara que a vida tem origem extra-terrestre (panspermia), mas se assim for, a polêmica continuaria, só mudaria de endereço, surgiria a questão de como a vida surgiu fora da Terra e mesmo assim sua origem apontaria para um criador, por esta razão e as outras já apresentadas, crer que Deus criou a vida, sem evolução, torna-se uma possibilidade com amparo científico.

Muitas pessoas acreditam na teoria da evolução simplesmente porque acham impossível que tantos competentes cientistas possam estar enganados, e outras pessoas, quando se deparam com algumas sérias refutações contra a teoria da evolução, como, por exemplo, o reduzido número de fósseis que mostram alguma evidência da evolução, logo aceitam justificativas de nível que normalmente não aceitariam em outras circunstâncias, como, por exemplo, a justificativa dos saltos abruptos da evolução (o que procura justificar o pequeno número de fósseis supostamente transitórios), porém, a história nos alerta sobre estas atitudes.

Em 1702, ou seja, já na era da ciência moderna, com os rigores da metodologia científica, surgiu a teoria do flogístico, que se dispunha a explicar composições, reações e processos químicos. Os experimentos científicos com zinco e fósforo pareceram provar a teoria do flogístico e foi tão bem aceita pelos cientistas que era tida como fato incontestável e os fatos embaraçosos eram astutamente assimilados e justificados, criando-se explicações para encobrir as provas contrárias à existência do flogístico, os fatos tinham que curvar-se à "verdade" do flogístico e não eram aceitas teorias alternativas. Apenas descobertas bem posteriores à criação da teoria, como em 1757, a descoberta do ácido carbônico, entre 1771 e 1774, as descobertas do oxigênio (ar deflogisticado), do azoto (ar flogisticado), do bióxido de azoto e o protóxido de azoto, é que levaram a teoria a começar a ser descartada lenta e gradativamente. Foram décadas no erro, apesar do conhecimento dos métodos científicos. Há quem diga que o flogístico foi aceito como verdadeiro por quase cem anos. No livro Origins of Modern Science, o professor H. Butterfield observa: "...as duas últimas décadas do século XVIII dão uma das provas mais espetaculares sobre o fato de que homens capazes que tinham a verdade debaixo do próprio nariz, e possuíam todos os ingredientes para a solução do problema - justamente aqueles que haviam feito as descobertas estratégicas - ficaram incapacitados pela teoria do flogístico de compreenderem as implicações do seu próprio trabalho".

Ao meu ver, a história está se repetindo com a teoria da evolução.

SÉRGIO